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Direto e reto: uma visão do mundo gay masculino
PublishNews, Redação, 07/06/2022
Com inspiração autobiográfica, livro de Brontez Purnell aborda, além de questões LGBTQIA+, as tensões raciais, a depressão entre os gays americanos e as relações sociais de um indivíduo soropositivo

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Johnny, você me amaria se o meu fosse maior? (Planeta, 176 pp, R$ 46,90 – Trad.: Regiane Winarski) é um romance direto, no qual não sobrevivem quaisquer tabus ou pudores sobre o mundo homossexual masculino. Lançado inicialmente por uma editora underground de San Francisco, na Califórnia, o livro conta a história de um artista e dançarino negro que se autoclassifica como “gay old school”, personagem que guarda muitas semelhanças com o autor Brontez Purnell – figura excêntrica, bastante conhecida no mundo LGBTQIA+ punk californiano. O protagonista – cujo nome não é revelado para o leitor – não confia nas novas gerações de homossexuais que invadem as ruas e a noite de San Francisco. São jovens com capacetes e bikes modernas, que não dispensam o cinto de segurança e as camisinhas, mas são incapazes de se relacionarem afetivamente, sobretudo com corpos transgressores. Enquanto nutre seu ódio por esse grupo, ele sabota suas relações, imaginando paixões instantâneas e muitas vezes inexistentes nos bares, nos parques, nas saunas e em outros cantos de uma cidade cada vez mais conservadora. Além das questões LGBTQIA+, o romance aborda os preconceitos de classe, as tensões raciais, a objetificação do corpo negro nos EUA, a depressão tão comum entre os gays americanos – especialmente os afrodescendentes – e as relações sociais de um indivíduo soropositivo.
Tags: ficção, Planeta
[07/06/2022 07:00:00]
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