Apanhadão: Itamar Vieira Jr. rebate críticas em coluna na Folha de S. Paulo
PublishNews, Redação, 29/05/2023
'Eu não quero me manifestar todas as vezes que cospem na minha cara, mas Vini Jr. me lembrou que precisamos erguer nossa cabeça, pois tê-la curvada nunca nos ajudou em nada', escreveu o autor

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O escritor Itamar Vieira Junior utilizou sua coluna na Folha de S. Paulo para comentar a situação de Vini Jr. na Europa e para falar também da recepção do seu mais recente romance, Salvar o fogo (Todavia). "Acabei de colocar um romance na rua e nele mais uma vez segui meu propósito de narrar a história da minha gente, daqueles que me antecederam e daqueles que me cercam. (...) É claro que eu esperava racismo por minha insubordinação de continuar a escrever", escreveu Itamar.

Ele prossegue: "O editor branco escolhe a crítica branca para resenhar um romance atravessado pela raça e pelo colorismo. Eles precisam nos lembrar que na literatura brasileira não há espaço para nós, então o pacto é deixar a avaliação entre eles. Um livro conquistar um bom número de leitores —como ocorreu com "Quarto de Despejo" ou "Torto Arado"— ainda vai, mas dois já é demais. Eu não quero me manifestar todas as vezes que cospem na minha cara, mas Vini Jr. me lembrou que precisamos erguer nossa cabeça, pois tê-la curvada nunca nos ajudou em nada".

No Twitter, a professora de Teoria da Literatura na UFMG, Ligia G. Diniz, que escreveu uma resenha sobre Salvar o fogo na revista Quatro Cinco Um, rebateu:

Em uma entrevista, o escritor afirmou que prefere sempre escrever para encontrar leitores. "A crítica brasileira está sempre em busca de Proust e à espera de Beckett. Quando eles descobrem que não há nem Proust, nem Beckett, a coisa azeda", disse Itamar, segundo o Uol.

A CNN Brasil entrevistou analistas de mercado para falar sobre a crise no varejo no Brasil. "A crise no varejo brasileiro está fazendo o setor rever o clássico modelo de negócios. Os desafios enfrentados por grandes varejistas como Lojas Americanas, Tok Stok, Amaro, Riachuelo, Marisa, Renner e Livraria Cultura, por exemplo, acende um alerta em todo o comércio do país. Essa temporada desafiadora para os negócios do varejo fez com que marcas fortes do mercado entrassem para o grupo das varejistas que estão fechando suas lojas e enxugando operações", diz o texto. Segundo a reportagem, fatores como os juros altos, inflação e ainda efeitos da pandemia podem ser determinantes nessa discussão.

Na Folha, a coluna das Letras mostra como o livro A toca das raposas consolida uma estratégia de divulgação da Galera Record, selo young adult do grupo editorial. A Galera teve, segundo a nota, um crescimento de 167% em seu faturamento desde o começo da pandemia.

Os livros Peitos e ovos (Intrínseca), de Mieko Kawakami, e Frio o bastante para nevar (Fósforo), de Jessica Au, renderam a capa da Ilustrada de sábado em uma matéria sobre obras de autoras asiáticas sobre maternidade. O jornal ainda entrevistou a escritora espanhola Rosa Montero e o autor Antônio Bispo e resenhou o livro de Roberto Calasso sobre organização de bibliotecas.

O Globo entrevistou Wole Soyinka, prêmio Nobel de Literatura, sobre uma desventura sua que envolve o Brasil e que agora vai virar filme. Outras notícias no jornal abordam um volume que reúne versões em quadrinhos de clássicos da MPB, a reação de Roberto de Carvalho ao ler o último livro de Rita Lee e uma resenha sobre o novo livro de Olga Tocarzuk.

A Zero Hora destacou o novo Leopold – Uma novela, de Luiz Antonio de Assis Brasil, que marca também a estreia da editora Zain no mercado editorial. O Estadão publicou uma resenha sobre o novo livro de Patti Smith, em que a autora reúne postagens e fotos que compartilha nas suas redes sociais, e reportou que clubes de leitura de celebridades vêm movimentando o mercado no exterior.

No caderno Pensar, do Estado de Minas, Mário Andrade em ênfase tripla: o autor será o homenageado do Fliaraxá deste ano, terá O turista aprendiz traduzido para o inglês, e teve recentemente republicada a reunião de suas cartas com o amigo Rodrigo Melo Franco de Andrade.

A convite da seção ‘Favoritos’, do jornal Nexo, a jornalista e escritora Martha Batalha indica 5 livros que mostram as possibilidades da língua portuguesa. O GShow fez uma lista de filmes e séries inspirados em livros que ainda vão estrear em 2023. O Dia destacou que coletivos literários femininos são alternativas para publicação de livros escritos por mulheres.

Na coluna Página Cinco, do Uol, o destaque foi para o livro Amêndoas (Rocco), de Won-pyung Sohn, que teve suas vendas no exterior impulsionadas pelo grupo BTS.

[29/05/2023 08:40:00]